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Plantões noturnos


Plantões noturnos consequências bem mais graves do que os sonos trocados

Bastam cinco anos em turnos noturnos rotativos para se verificar uma redução da esperança média de vida e um aumento do risco de morrer de acidente cardiovascular. E as mulheres são as mais afetadas
 Um estudo recente publicado na revista científica American Journal of Preventive Medicine, chegou à conclusão que as mulheres que trabalham em turnos noturnos rotativos durante cinco anos ou mais experienciam não só uma redução da média de vida, como também aumentam o risco de morrer de acidente cardiovascular. O estudo salienta ainda que aquelas que trabalham 15 anos ou mais na mesma situação estão mais propensos a morrer de cancro de pulmão.
Os cientistas definiram como turno rotativo “trabalhar pelo menos três noites por mês, para além dos dias ou fins de tarde desse mesmo mês”.
Para a realização desta investigação a equipa monitorizou cerca de 75 mil mulheres enfermeiras nos Estados Unidos, a quem interrogaram sobre o número de anos que trabalharam nesse regime.
Das observações retiradas do estudo feito entre 1988 e 2010, a primeira nota é a de que cerca de 14.200 mulheres enfermeiras morreram nesses 22 anos analisados, o que representa 11% na redução do tempo médio de vida. O risco de morte por acidente cardiovascular era de 19% nas mulheres que fizeram esse turno entre seis a 14 anos; e a percentagem dos que trabalharam nesse regime durante 15 ou mais anos subiu para 23%. As mulheres que trabalharam em turno rotativo da madrugada durante mais de 15 anos tinham, por outro lado,  um risco em morrer por cancro de pulmão 25% superior.
Investigações anteriores já haviam feito a ligação entre os turnos da noite e o decréscimo na qualidade da saúde. A Organização Mundial de Saúde comparou em 2007 os turnos da noite aos riscos cancerígenos presentes no tabaco. Esta relação foi explicada pela associação deste trabalho ao aumento de problemas

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