Brasil tem índices alarmantes de depressão e ansiedade e as igrejas precisam falar sobre isso

Brasil tem índices alarmantes de depressão e ansiedade e as igrejas precisam falar sobre isso



Da Redação JM Notícia
Neste domingo o rapper Pregador Luo declarou em suas redes sociais que sofre de depressão, um problema cada vez mais comum na sociedade mundial e também no Brasil que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), ocupa o quinto lugar no rank dos países com mais casos da doença.
As pesquisas revelaram que 9,3% dos brasileiros têm algum transtorno de ansiedade e a depressão afeta 5,8% da população. Dados como estes não devem passar despercebidos, são problemas de saúde que precisam de atenção. É o chamado “mal silencioso” que infelizmente ainda está envolto em preconceitos e falta de informação.
Por muito tempo a igreja evangélica tratou esses assuntos como “falta de Deus” e o que vemos hoje é cada vez mais casos de pastores depressivos e com números de suicídio aumentando a cada ano.
É importante dizer que a depressão e a ansiedade são problemas de origens biológicas, psicológicas e sociais, fatores esses que podem causar mudanças na função cerebral como a não produção de neutransmissores que são os responsáveis pela sensação de bem-estar, além de alterar a atividade de circuitos neuronais do cérebro.
Entre os sintomas físicos da depressão podemos citar a sensação persistente de tristeza ou perda de interesse pelas atividades diárias, alterações no sono, alterações de apetite, alterações no nível de energia, falta de concentração, baixa autoestima, entre outros, inclusive pensamentos suicidas.
“O individualismo e a carência das relações pessoais – onde há trocas afetivas – são fatores que contribuem para o aumento de depressão e da ansiedade na população”, diz  psicanalista Claudia Livingston Ades, Mestre em Psicologia Clínica pela PUC-SP e integrante do quadro do Zenklub.
Segundo a OMS, a depressão é a principal causa de mortes por suicídio, com cerca de 800 mil casos por ano. Além da depressão, a entidade indica que, ao redor do mundo, 264 milhões de pessoas sofrem com transtornos de ansiedade, uma média de 3,6%. O número representa uma alta de 15% em comparação a 2005.
“A ansiedade é um importante sinal de alerta diante do perigo; porém, quando crônica, torna-se preocupante”, reforça a psicanalista. “No Brasil, especificamente, estamos passando por mudanças em diversas esferas, o brasileiro desenvolveu um estado de alerta porque vive constantemente com medo. Medo da violência, do desemprego, das incertezas e outros fatores. ” completa Claudia Livingston.
A ansiedade é uma resposta do corpo vinda do sistema nervoso autônomo quando estamos diante de situações que nos trazem medo e estresse, mas o transtorno de ansiedade se torna um grave problema de saúde que pode gerar outras doenças como a síndrome de pânico.
Depressão e ansiedade são problemas de saúde e precisam de orientação médica. “Fazer terapia é essencial para a pessoa entrar em contato com o que ela está sentindo. O profissional dá um feedback, consegue nomear o que ela está sentindo e assim, estimular a pessoa a prestar mais atenção em si mesma e em suas reações físicas e causas. Quando ela tiver um incômodo externo, reagirá de forma adequada e não ignorará, evitando que o quadro piore” continua, “Você não pode ignorar suas emoções, é preciso ter consciência do que você está sentindo”.

Conversar sobre esses temas nas igrejas e levar os fiéis a procurarem ajuda médica já é algo que várias denominações vêm fazendo. Algumas delas ainda disponibilizam consultar gratuitas com psiquiatras e psicólogos para atenderem a comunidade local.

http://www.jmnoticia.com.br/2018/06/26/brasil-tem-indices-alarmantes-de-depressao-e-ansiedade-2/

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