Continuando com o problema

Pois é amigos, continuando a história:

Eu disse que havia tomado o Rivotril em uma fase difícil, que estava fazendo a academia de polícia e estava com diversos problemas, mas que um médico havia me receitado o medicamento.

Pois bem, fiquei um tempo grande sem sentir "grandes palpitações e aquele desespero incontrolável". Enquanto eu não tomava posse no concurso, sentia que ia melhorando, sem medicamentos, apenas com o apoio da família e dos amigos, lentamente comecei a sair de novo e fui me sentindo melhor.

Então fui chamado para tomar posse, e assim que assumi, comecei a sentir todos os sintomas novamente como: boca seca, vômitos, pernas e mãos tremendo, suor, dor de cabeça, tontura.... e por ae vai. Eu ia em diversos médicos e nunca me curava. Fiz diversos exames, até que me indicaram um psicólogo ou psiquiatra. Fiquei logo com o pé atrás pois para mim psiquiatra era para doido.

Já que estava sem plano de saúde, fui procurar na polícia esse auxílio psicológico. A doutora, psiquiatra, logo disse ter detectado minha doença, já que ela havia tratado muitos policiais assim. Era, para ela, stress e ansiedade, decorrente da profissão. Ela me receitou por três meses, o rivotril em gotas e um remédio chamado Lexapro. Tomei estes remédios, o Lexapro por cerca de um ano.

Confesso que fui melhorando, me sentindo mais confiante, apesar de mensalmente ou ás vezes semanalmente, eu ter uma crise desses sintomas, tendo que às vezes ir até ao hospital, no pronto-socorro, ver o porque de eu estar me sentindo tão mal. Às vezes comentava com a minha família o que ocorria, mas para eles, muitas vezes o que eu sentia era "frescura", já que financeiramente eu estava bem e não tinha grandes problemas para enfrentar, não justificando eu ficar estressado.

Bom, vocês não imaginam o que é para um policial ir ver os médicos da instituição, principalmente psiquiatras. Todas as vezes era uma dificuldade imensa, já que você acaba encontrando outros colegas policiais no local e ae você acaba tendo que dizer o porque de você estar lá, se era para apresentar um simples atestado, se era para conversar com um dentista ou, se era para ir num psiquiatra. Centenas de policiais vão a estes profissionais, mas é muito difícil admitir. Homem e policial, num psiquiatra é uma situação humilhante, voce ter que admitir que você não controla estes sintomas. E é muito difícil você estar com isso e andar armado, já que para eles, você está "meio doido".

Então eu continuei indo na médica até ela suspender a medicação, e posso dizer que fiquei uns 6 meses razoavelmente bem, após o final da medicação, quando tive uma crise fortíssima em que fui novamente para o fundo do poço.

Essa será a nossa próxima história.

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