Para que serve o Clonazepam (RIVOTRIL) ?


Para que serve o Clonazepam (RIVOTRIL) ?

Dr. Marco Antonio Abud Torquato Jr
Médico Psiquiatra CRM: 129.339




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https://pt.wikipedia.org/wiki/Clonazepam

Em estudos feitos em animais o medicamento inibiu crises convulsivas de diferentes tipos, devido a sua ação diretamente sobre o foco epiléptico e também por impedir que este interfira na função do restante do sistema nervoso. É comercializado pelo laboratório Roche com o nome de Rivotril ou Navotrax na EuropaÁsiaAmérica latina e Oceania e Klonopin nos Estados Unidos. Em maio de 2009, o clonazepam era o medicamento de tarja preta mais vendido do Brasil.

Farmacologia

O clonazepam é um benzodiazepínico derivado do nitrazepam pois através do processo de cloração (em química orgânica, chama-se halogenação) do nitrazepam, é possível obter-se além do próprio clonazepam, o flunitrazepam. O clonazepam é considerado um "benzodiazepínico clássico", pois além de ser um dos que possuem estrutura molecular mais simples, também foi um dos primeiros a ser sintetizados em laboratório, juntamente com diazepamlorazepamoxazepamnitrazepamflurazepambromazepam e clorazepato2 mg de clonazepam é equivalente a aproximadamente 10 mg de diazepam.
O clonazepam é quase completamente absorvido após administração oral. A biodisponibilidade absoluta do clonazepam é maior do que 90%. As concentrações plasmáticas máximas de clonazepam são alcançadas dentro de 2-3 horas após a administração oral. Quando administrado por via intravenosa, seu efeito sedativo ocorre aproximadamente 5 minutos após a administração. O clonazepam é eliminado por biotransformação, com a eliminação subsequente de metabólitos na urina e bile. Menos que 2% de clonazepam inalterado é excretado na urina. Em estudos feitos, a concentração do clonazepam nas fezes foi inferior a 0,5%.
A meia-vida de eliminação de clonazepam é de 33 a 40 horas. O clonazepam está ligado em 82% a 88% às proteínas plasmáticas. Não existem evidências de que o clonazepam induz seu próprio metabolismo ou o metabolismo de outras drogas em humanos.

Indicações

O clonazepam é normalmente prescrito como ansiolítico geral e também para:
  • Síndrome do Pânico
  • Ansiedade
  • Distúrbio bipolar
  • Agorafobia
  • Depressão (como coadjuvante de antidepressivos, pois estes, geralmente causam insônia)
  • Tratamento de epilepsia (como coadjuvante, pois o clonazepam ajuda a impedir o surgimento de uma crise epiléptica, pelos seus efeitos anticonvulsivos, mas não é uma DAE - Droga Anti-Epiléptica').

Riscos

Estudos associaram anomalias genéticas e deficiências congênitas em bebês de mulheres tratadas com clonazepam. Dentre as principais deficiências registradas estão: anomalias na formação dos lábios, orelhas e Insuficiência cardíaca. Mas tais estudos não são conclusivos.

Efeitos colaterais

Os efeitos colaterais que ocorreram com maior frequência com clonazepam são referentes à depressão do SNC. Outras reações, relacionadas por sistema, são:
  • Neurológico: Sonolência, ataxia, movimentos anormais dos olhos, afonia, movimentos coreiformes, coma, diplopia, disartria, disdiadococinesia, aparência de "olho-vítreo", enxaqueca, doença do labirinto, hemiparesia, hipotonia, nistagmo, depressão respiratória, fala mal articulada, tremor, vertigem, perda do equilíbrio, coordenação anormal, sensação de cabeça leve, letargia, parestesia;
  • Psiquiátrico: Confusão, depressão, amnésia, alucinações, histeria, libido aumentada, insônia, psicose, tentativa de suicídio (os efeitos sobre o comportamento podem ocorrer com maior probabilidade em pacientes com história de distúrbios psiquiátricos), irritabilidade, concentração prejudicada, ansiedade, despersonalização, disforia, labilidade emocional, distúrbio de memória, libido diminuída, nervosismo, desinibição orgânica, ideias suicidas, lamentações;
  • Respiratório: Congestão pulmonar, rinorreia, respiração ofegante, hipersecreção nas vias respiratórias superiores, infecções das vias aéreas superiores, tosse, bronquite, dispneia, rinite, congestão nasal, faringite;
  • Cardiovascular: Palpitações, dor torácica;
  • Dermatológico: Perda de cabelo, hirsutismo, erupção cutânea, edema facial e do tornozelo;
  • Gastrintestinal: Anorexia, língua saburrosa, constipação, diarreia, boca seca, encoprese, gastrite, hepatomegalia, apetite aumentado, náusea, gengivas doloridas, desconforto ou dor abdominal, inflamação gastrintestinal, dor de dente;
  • Genitourinária: Disúria, enurese, noctúria, retenção urinária, cistite, infecção do trato urinário, dismenorreia;
  • Musculoesquelético: Fraqueza muscular, dores, lombalgia, fratura traumática, mialgia, nucalgia, deslocamentos e tensões;
  • Hematopolético: Anemia, leucopenia, trombocitopenia, eosinofilia;
  • Hepático: Elevações temporárias das transaminases séricas e da fosfatase alcalina, hepatomegalia;
  • Distúrbios auditivos e vestibulares: Otite, Labirinto, vertigem;
  • Diversos: Desidratação, deterioração geral, febre, linfadenopatia, ganho ou perda de peso, reação alérgica, fadiga, infecção viral.
  • foram observados problemas comportamentais em aproximadamente 25% dos pacientes.

Superdosagem

Os sintomas de superdosagem com clonazepam, similares àqueles causados por outros depressores do SNC, incluem sonolência, confusão, coma, reflexos diminuídos, parada respiratória e em casos extremos, morte. O antídoto dos Benzodiazepinicos é uma droga chamada Flumazenil, a qual é administrada por médicos, exclusivamente, em ambiente hospitalar.

Abuso e dependência

Os casos de dependência do clonazepam ocorrem principalmente em pacientes predispostos, com história de alcoolismo, abuso de drogas, forte personalidade, e quando se faz uso em doses altas e por períodos prolongados. [carece de fontes]
O Clonazepam pode causar dependência física e psíquica. [carece de fontes]
Não há um prazo ou dose limite para começar a causar dependência. [carece de fontes]
Ocorreram sintomas de descontinuação, com características similares àqueles notados nos barbitúricos e álcool (por exemplo: convulsões, psicoses, alucinações, distúrbio comportamental, tremor, cãibras musculares) após a descontinuação abrupta do clonazepam. Os sintomas de descontinuação mais graves normalmente foram limitados àqueles pacientes que receberam doses excessivas durante um período de tempo prolongado. Sintomas de descontinuação geralmente moderados (por exemplo: disforia e insônia) foram relatados após a descontinuação abrupta de benzodiazepínicos administrados continuamente em níveis terapêuticos durante vários meses. Consequentemente, após a terapia prolongada, a interrupção abrupta deve ser geralmente evitada e deve ser realizadadiminuição gradual e programada.[5]
Os indivíduos predispostos a adquirir dependência (como os viciados em drogas ou álcool) devem ser vigiados com cuidado quando recebem Clonazepam ou outros agentes psicotrópicos, devido à predisposição desses pacientes em adquirir hábito e dependência.
Dependência 
responsabilidade
Baixo a moderado

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