Yoga ajuda em superação, parto natural em casa e ansiedade

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ndicada para auxiliar a reduzir os efeitos do diabetes e de doenças relacionadas ao aparelho respiratório, além de aliviar dores corporais e melhorar o funcionamento do sistema cardiovascular e digestivo, a prática da yoga corrige a postura, fortalece o sistema imunológico e ameniza o stress físico.
Diante de tantos benefícios que os exercícios proporcionam, são diversos os relatos de como a yoga mudou, para melhor, a qualidade de vida de muitas pessoas. A palavra yoga significa controlar, unir. É um termo de origem sânscrita, uma língua presente na Índia, em especial na religião hinduísta. É um conceito, uma filosofia, que trabalha o corpo e a mente, através de disciplinas tradicionais de quem a pratica.
Com objetivo de amenizar as crises de falta de ar, Cristiane Gomes Mochi, de 44 anos, começou a praticar yoga em 2012, com isso, descobriu que sofria de ansiedade. E foi através deste novo conceito que a administradora classifica a yoga como saudável e obrigatória para a própria qualidade de vida.
“Fui para a yoga em 2012 com falta de ar, e descobri que essa falta de ar está ligada a ansiedade. Na minha concepção fui para aprender a respirar. Eu não dormia bem e não tinha boa qualidade de vida. Comecei a frequentar a yoga para aprender a respirar, e com isso vieram vários resultados positivos”, avalia Cristiane.
Além dela, o marido e o filho Heitor, de 15 anos, também aderiram a prática da yoga. “O resultado que a yoga me trouxe chamou a atenção do meu marido, que é extremamente ansioso, e do meu filho, que pratica há dois anos. Ou seja, tenho dois exemplos do sexo masculino dentro de casa, um de 54 e um de 15 anos”.
“O fato de ter um momento só para você, você limpa sua mente e começa a ouvir a respiração. Eu ouvia tanta coisa e não ouvia minha respiração. A paz da yoga me trouxe isso, aprendi a respirar e o resultado disso é a melhora na ansiedade”, completou Cristiane.
Para a administradora, que realiza gestão e desenvolvimento de pessoas voltado para o planejamento estratégico de empresas com foco familiar, a yoga também auxilia em melhor desempenho no trabalho. “Eu indico a yoga para meus clientes. Uma pessoa que não está acostumada a perceber sua respiração não consegue perceber o outro”, ressalta Cristiane ao enfatizar que pratica yoga duas vezes por semana, e, quando viaja, não fica sem.
Um ano depois de ter conhecido a yoga, Cristiane perdeu o pai. “A prática da meditação me ajudou no momento do luto diante da crise da ansiedade que me deu”, avaliou. “No geral, para mim a yoga ensinou a me perceber, qualidade respiratória e automaticamente a explorar e manter equilíbrio entre a mente, o corpo e o espírito”, finalizou.
YOGA VIRTUAL
Nem mesmo a correria do dia a dia e a dificuldade financeira fez com que Bárbara de Almeida, de 25 anos, iniciasse na yoga. Há quase dois anos, depois de uma licença médica, num parque da cidade, a estudante de jornalismo teve o primeiro contato com os exercícios, e, daí por diante não parou mais.
“Fiquei sabendo que ia ter aula grátis no Parque Itanhangá e fui fazer. Mudei de casa e o parque ficou distante. Na época, estava muito caro e eu não podia pagar, então, por meio de indicação comecei a fazer pela internet, com uma professora brasileira e que mora nos Estados Unidos”, contou.
A tática não só deu certo como Bárbara atraiu mais dois amigos para praticar com ela. “Claro que tem algumas posições que não consigo fazer, mas o que eu já faço já é o suficiente para mim”, ressalta.
Com as aulas da professora bastante didática, a jovem tenta praticar os exercícios pelo menos duas vezes na semana. “O ideal seriam três vezes na semana, mas quando consigo fazer duas, já acho ótimo. A yoga me ensinou a focar minha mente no momento presente com técnicas da respiração”, define.
GESTANTE
Flávia Jussiani, de 33 anos, começou a fazer yoga quando estava grávida de três meses. Visando o parto natural domiciliar, conseguiu, através dos exercícios conectar mente e corpo.
“Sempre tive curiosidade e nunca fui atrás. Comecei a praticar depois que meu médico me liberou, com três meses de gestação. E foi a melhor coisa que eu fiz na minha vida”, afirmou.
“A posição de cócoras era a única que fazia passar a dor que eu senti. No começo não conseguia fazer essa posição, mas com a prática consegui”, relatou.
PROFESSORA
Praticante da yoga há pelo menos 24 anos, Cristina Lopes foi pioneira em formar professores de yoga no Centro-Oeste. Formada em São Paulo, a professora coleciona alunos de Tocantins, Cuiabá e de diversas cidades do interior de Mato Grosso do Sul.
Em 1998 Cristina abriu em Campo Grande o Instituto Cristina Lopes, localizado no Bairro Santa Fé e em 2000 criou o curso para formar professores de yoga. “Conheci pessoas maravilhosas que se formaram e estão aí distribuindo conhecimento do yoga para onde for possível alcançarem com o seu amor”, ressalta.
Visando levar adiante o conhecimento adquirido, a professora destaca que já realizou trabalhos com pessoas que estavam se recuperando de câncer e também com mulheres vítimas de maus tratos.
Além do Instituto, Cristina atende dentro da própria casa. São pessoas que estão passando por dificuldade financeira. Pois, segundo ela, quando começou o curso de yoga, em São Paulo, não tinha condições de pagar.
“Quando eu comecei não tinha condição de pagar. Eu morava em Santos e o curso era em São Paulo. Falei que não tinha condição e paguei em parcelas suaves que cabiam no meu bolso. Fui ressarcindo. Não era questão de orgulho, e sim de agradecimento, e hoje faço a mesma coisa”, ressalta a professora de yoga.
“Tenho uma sala dentro da minha casa onde atendo pessoas com dificuldades financeiras. A pessoa não precisa pagar, porque quando ela puder ela vai retribuir. Queremos que a pessoa se sinta segura”, pontua Cristina.

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